sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Quem já não fez uma loucura? Os três porquinhos fizeram quando..., a Branca de Neve também quando..., a Cinderela então..., e o Príncipe Encantado, e o Lobo Mau que queria comer a Chapeuzinho e a Chapeuzinho que foi pela estrada afora em pleno século XXI, e a gata Borralheira, e o Gato de Botas, e o Tio Patinhas, e eu, e você? Que loucuras cometemos no nosso dia a dia? Que loucuras são permitidas e que loucuras são pervertidas, que loucuras por amor, por paixão, por tentação, por desejo..., e as outras loucuras por ódio, por rancor, por vaidade, por egoísmo, por ingenuidade?... Quem não atuou como louco, quem não se fez de louco, quem não deu um de louco, quem não arriscou e enlouqueceu? Quem viveu e não endoidou, quem morreu e não viveu, quem viveu e não morreu? Quem endoidou e não viveu? Qual a loucura que te impede de ir adiante, e qual o impedimento que não te leva à loucura? Loucamente sós, vivamente sós, loucos de nós que achamos da loucura... Loucura... estar no mundo e não estar, estar no mundo e não aguentar, pedir socorro e não ser salvo, gritar, uivar, incompreender, descompreensão ou muito mais que compreensão, além da simples visão? Não acreditar, ver e enxergar, escutar e ouvir, falar e não calar, e ao ser falado, ser cruxificado, se expor... mundo perverso, inverso, controverso. A linha tênue que separa a razão da ilusão, ou a ilusão é a razão? O que é ilusão? O que é a razão? Quem pode determinar o que o outro vê, o que o outro tem, o que o outro quer, o que o outro é? Nessa vida de tantos, de soltos, de revoltos, está um mundo que está por se fazer, por se desfazer a reaprender a ser, não só mundo, mas mundo dentro de si, mundo homem, mundo vida, mundo animal. Sejamos razoáveis e enlouqueçamos, porque enlouquecer é um estar muito mais do que estamos. Simone Anjerosa de Almeida Camargo

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Presente?

Variáveis impensáveis, possibilidades aventadas, ideias, sonhos, quimeras... verdades, e de mãos atadas às vezes sinto-me, perco o sono e penso..., perco a fome e divago, perco para a cabeça livre e leve e no lugar está uma cabeça dolorida e cansada. Músculos comprimem-se, latejam os olhos, a testa; não consigo mais dormir por hoje. Pode ser que os anjos que me acompanham me libertem destes pensamentos infrutíferos. Quisera eu poder ter o dom de deixar tranquilo meu coração, minha mente e meu corpo, porque a consciência está. Como pode? Pergunto eu a meu amado Deus, e acho que são provas no meu caminho. Mas eu não procurei por elas..., não corri para elas, e as encontro em meu caminho. Se é que são provas... Mas, provas do quê? Retesa-se a sombrancelha, vontade de gritar, me rebelar, contestar! Mas tenho que dizer a mim mesma: - Calma, tudo dará certo. Mas choro. Meus dedos da mão se unem em agonia, se abraçam, se tocam ansiosos, penso... faço "não" com a cabeça. Coloco minhas mãos nos meus olhos, aperto e algumas lágrimas aparecem. Nasce outro dia, talvez um dia gostoso, um dia agradável em que poderei pensar em outras coisas e não naquilo que me consome, se bem que, terei que tratar do assunto..., porque este fica até o momento que acabar. A vida é uma caixinha de surpresas, que às vezes coloca em nossos caminhos presentes, às vezes problemas. Será que os problemas também são presentes disfarçados? Não sei, acho que não. Mas disso eu sei: terei que desfazer o laço, desatar o nó, retirar a embalagem delicadamente, abrir a caixa e ver. Porque sem ver, sem enxergar, nunca saberei. Simone Anjerosa de Almeida Camargo

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Quando o tempo não deixa...

Faz tempo que não posto mensagens neste blog, mas digo que realmente é por falta de tempo. E para o tempo eu digo: O tempo voa, o tempo escoa, o tempo pede, o tempo grita, o tempo acalma e mesmo assim, o tempo voa. O tempo cria mas o tempo cobra, o tempo vira e depois desvira, que tempo louco, que mundo torto, que vida tempo! Que tempo vida! Que tempo no tempo da vida! Que vida no tempo! Que perda de tempo! Tempo de sol, de chuva, de neve, de horas... Ah! As horas... este tempo em que tudo está, em que tudo vai, e que só fica a imaginação, a lembrança, a recordação... porque o tempo leva com ele os segundos, os minutos, as horas, os dias, os meses, os anos, o corpo, as palavras, o hoje, o amanhã, o ontem; o tempo tem pô! Tem sim. Pô tempo, dá um tempo e não corre, não some, não foge, não morre. Tempo, seja atemporal, seja infinito, duradouro, e deixe eu cuidar de você, no meu tempo, do meu tempo; confie que eu ajustarei você como eu quiser, no meu tempo, no tempo de cada um. Tempo, dono do nosso tempo, vê se cria mais tempo pra gente ter tempo de ter tempo... sem contar o tempo... Rola tempo, volta tempo, pára tempo, deixe que eu me chame tempo e você seja um tempo, apenas um de tantos outros tempos que tem tempo para todo o tempo do mundo. E você tempo, só fica parado no tempo, criando o seu-meu tempo certo, o tempo mágico, o tempo do agora e do tempo do depois, e o tempo que passou. Como eu queria ser dona do tempo, de seus filhos e seus irmãos, apenas para poder dominar o tempo de ontem, fazê-lo ser hoje, criar o hoje com um pouco do ontem, e criar o futuro de um tempo de ontem e de hoje. Tempo do meu tempo. Dona do tempo. Simone Anjerosa de Almeida Camargo