quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Presente?

Variáveis impensáveis, possibilidades aventadas, ideias, sonhos, quimeras... verdades, e de mãos atadas às vezes sinto-me, perco o sono e penso..., perco a fome e divago, perco para a cabeça livre e leve e no lugar está uma cabeça dolorida e cansada. Músculos comprimem-se, latejam os olhos, a testa; não consigo mais dormir por hoje. Pode ser que os anjos que me acompanham me libertem destes pensamentos infrutíferos. Quisera eu poder ter o dom de deixar tranquilo meu coração, minha mente e meu corpo, porque a consciência está. Como pode? Pergunto eu a meu amado Deus, e acho que são provas no meu caminho. Mas eu não procurei por elas..., não corri para elas, e as encontro em meu caminho. Se é que são provas... Mas, provas do quê? Retesa-se a sombrancelha, vontade de gritar, me rebelar, contestar! Mas tenho que dizer a mim mesma: - Calma, tudo dará certo. Mas choro. Meus dedos da mão se unem em agonia, se abraçam, se tocam ansiosos, penso... faço "não" com a cabeça. Coloco minhas mãos nos meus olhos, aperto e algumas lágrimas aparecem. Nasce outro dia, talvez um dia gostoso, um dia agradável em que poderei pensar em outras coisas e não naquilo que me consome, se bem que, terei que tratar do assunto..., porque este fica até o momento que acabar. A vida é uma caixinha de surpresas, que às vezes coloca em nossos caminhos presentes, às vezes problemas. Será que os problemas também são presentes disfarçados? Não sei, acho que não. Mas disso eu sei: terei que desfazer o laço, desatar o nó, retirar a embalagem delicadamente, abrir a caixa e ver. Porque sem ver, sem enxergar, nunca saberei. Simone Anjerosa de Almeida Camargo